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Quinta-Feira, 21 de Novembro de 2024 |
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Notícia
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10/01 - Produção industrial brasileira cresce 0,6% |
A produção industrial brasileira registrou alta de 0,6% em novembro na comparação com outubro, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A recuperação da indústria em novembro já era esperada pelo mercado num período típico de aumento de vendas. Segundo analistas, no entanto, a expectativa era de uma alta entre 1% e 1,5%. De acordo com relatório da Global Invest, para que o quarto trimestre termine positivo, o mês de novembro precisava apresentar um número satisfatório.
De acordo com o último Relatório de Mercado, organizado pelo Banco Central, junto a instituições financeiras, analistas estimam que a produção industrial tenha encerrado 2005 com alta de 3,15%.
Para Pedro Paulo da Silveira, economista-chefe da Global Invest, o desempenho de novembro foi auxiliado pela base fraca de comparação. Em outubro, a indústria havia ficado praticamente estável, com leve alta de 0,2% (dado revisado). Além disso houve melhora na produção de automóveis.
Em relação a novembro de 2004, a indústria registrou crescimento também de 0,6%. De janeiro a novembro do ano passado, a alta acumulada é de 3,1%. Segundo o IBGE, a taxa anualizada acentua a trajetória de desaceleração observada nos últimos meses, passando de 4,1% em outubro para 3,5% em novembro.
"Os índices para novembro de 2005 mostram aumento discreto no ritmo produtivo da indústria, que há dois meses assinala taxas positivas. Como estes resultados não recuperam a queda observada na passagem de agosto para setembro (-2,2%), esta suave aceleração na produção, nos meses de outubro e novembro, não reverte a trajetória declinante verificada no índice de média móvel trimestral [indicador de análise de longo prazo]", informa o IBGE.
Setores
Apenas uma das quatro categorias de uso apresentou queda entre outubro e novembro. Os bens de consumo duráveis (veículos e eletrodomésticos) tiveram queda de 1,4% em novembro, após alta de 2,7% em outubro. Essa categoria depende muito do crédito para alavancar as vendas.
Já os bens de consumo semiduráveis (roupas e calçados) e não-duráveis (alimentos) avançaram 0,5% em novembro e os bens intermediários (insumos industriais), segmento de maior peso na estrutura industrial, tiveram alta de 0,2%. Os bens de capital (máquinas e equipamentos) registraram uma produção 2,2% maior, após uma queda de 4,2% no mês anterior.
O comportamento da indústria em outubro também reflete o aumento da produção em 15 das 23 atividades pesquisadas com ajuste sazonal. As altas mais significativas foram verificadas em alimentos (2,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,3%) e borracha e plástico (2,9%). As principais influências negativas vieram de outros produtos químicos (-1,9%), material eletrônico e equipamento de comunicações (-4,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (-1,5%).
Segundo o IBGE, o comportamento favorável da atividade industrial em relação a outubro não reverte a trajetória de queda observada no comportamento da indústria na análise de mais longo prazo.
Acumulado do ano
De janeiro a novembro, o crescimento total da indústria foi de 3,1%, com dezessete atividades apontando aumento da produção. A fabricação de veículos automotores (6,9%) mantém a liderança em termos de impacto sobre o índice, com destaque para a produção de automóveis.
Outros impactos significativos vieram da indústria extrativa (10,3%), por conta da performance favorável da extração de minério de ferro e petróleo, de material eletrônico e equipamentos de comunicações (14,7%), em razão da expansão na fabricação de telefones celulares e televisores.
Das dez atividades em queda, a de maior pressão é a metalurgia básica (-2,4%).
JANAINA LAGE |
Fonte: Folha Online |
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