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Quinta-Feira, 21 de Novembro de 2024
Notícia : 09/12 - Indústria eletroeletrônica cresce 15% neste ano
A indústria elétrica e eletrônica brasileira vai fechar o ano de 2005 com um aumento nominal de 15% em relação a 2004 e atingir um faturamento de R$ 94 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Os aparelhos celulares produzidos no Brasil lideram os itens mais exportados, com uma receita de US$ 2,4 bilhões, 222% a mais que 2004. Otimista com este crescimento, fabricantes de celulares, como LG Electronics e Pantech , anunciaram novas fábricas para 2006.

Ao mesmo tempo, os componentes dos aparelhos móveis tendem a ser de origem chinesa, mesmo que a produção seja local. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os semicondutores são os primeiros na lista de produtos mais importados do setor e obtiveram um aumento de 20% nas suas vendas.

Dentre as regiões que venderam mais produtos elétricos e eletrônicos para o Brasil em 2005, os Estados Unidos perderam 5% no mercado enquanto só a China registrou um aumento de 53%. O Sudeste da Ásia como um todo vai apresentar um aumento de 36% este ano. O setor deverá fechar o ano com uma receita em importações no valor de US$ 14,8 bilhões, 17% a mais do que em 2004, segundo o MDIC.

Por outro lado, as exportações brasileiras para a China cresceram apenas 8%, enquanto para os Estados Unidos o índice atingiu 34%. As exportações brasileiras vão crescer 43% em 2005 e atingir um faturamento de US$ 7,6 bilhões.

Segundo projeções da Abinee, o próximo ano vai continuar com crescimento da indústria.

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Incentivos da política industrial devem elevar receita da área de informática em 20%, prevê Abinee

Motivada pelos incentivos previstos na política industrial e pela valorização do real frente ao dólar, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) coloca na área de informática sua maior expectativa de crescimento de receita em 2006, entre os oito segmentos em que se divide.

Enquanto em 2005 os maiores avanços de faturamento foram vistos na área de telecomunicações e de transmissão e distribuição de energia, com 30% de crescimento cada um, em 2006 a projeção da Abinee é que a área de informática tenha o maior aumento de receita, de 20%, para R$ 29,07 bilhões. O crescimento de telecomunicações deve sofrer uma retração para 11% e o de equipamentos para energia, para 19%, segundo as estimativas da entidade.

Este ano, a área de informática gerou um faturamento de R$ 24,23 bilhões, montante 17% superior ao alcançado no ano anterior. Hugo Valério, diretor da Abinee que responde pela área de informática, lembra que a MP 255, que garantiu benefícios fiscais aos computadores de até R$ 2.500, "conseguiu, em três meses de vigência, reduzir o mercado cinza em nove pontos percentuais", afirmou, referindo-se ao mercado dos computadores sem marca, montados muitas vezes com peças contrabandeadas.

Por isso, ele acredita que em 2006 os benefícios possam ser ainda mais fortemente sentidos. Fernando Loureiro, diretor de política industrial da associação, também recorda que "algumas medidas concretas da execução da política industrial ainda não aconteceram" e que a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), criada para implementar a política, apresentou seu plano de ação apenas no mês passado, para o ano de 2006.

Valério afirma que "a agenda da área de informática para 2006 é muito extensa", mas deve dar prioridade à regulamentação da Lei de Informática, prevista na MP 255, mas ainda não preparada pelo Congresso.

"Sem isso (a regulamentação), temos medo de que alguma ação unilateral possa coibir os investimentos futuros e inibir os já feitos", afirmou Valério.

Outras medidas que devem ser contempladas no próximo ano, de acordo com o executivo, são a revisão de alguns processos produtivos básicos (PPBs) que existem há mais de 10 anos e podem precisar de ajustes e a avaliação de algumas classificações tributárias no segmento.

Sem perspectiva de recuperação no câmbio, Abinee projeta só 3% de alta nas exportações em 2006

Enquanto a indústria elétrica e eletrônica ampliou em 43% sua receita com exportações este ano, motivada, principalmente, pela venda 222% maior de celulares, em 2006 a desvalorização da moeda americana frente ao real deve se refletir de forma mais acentuada no comércio exterior do segmento, de acordo com a ponderação do departamento de estatística da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

A entidade acredita que, ao contrário dos 43% de aumento verificados este ano, a receita de exportações cresça apenas 3% em 2006. "Não existe perspectiva forte de recuperação do câmbio. Enquanto a cotação média do dólar este ano ficou em R$ 2,46, para 2006 fala-se em algo entre R$ 2,37 e R$ 2,40", afirmou Luiz Cezar Elias Rochel, do departamento de economia da Abinee, que há pouco apresentou o desempenho do setor em 2005 à imprensa.

Na sua avaliação, a indústria se manteve em 2005 em função dos contratos antigos de exportação que já tinha. "Não se verá em 2006 a busca de novos mercados e os contratos que acabarem provavelmente não serão renovados", disse ele.

O total exportado pela indústria, de US$ 7,63 bilhões, foi até superior ao projetado no início do ano pelo departamento da Abinee, que esperava algo como US$ 7,1 bilhões.

A causa, no entanto, foi o salto na venda de celulares de 222% em relação ao ano anterior, para US$ 2,37 bilhões. "Esperávamos o incremento nas vendas externas de aparelhos, mas não nesse nível", disse Rochel. A projeção da Abinee era de exportações de US$ 1,8 bilhão, o que já seria um crescimento de 144% sobre os US$ 736 milhões vendidos em 2004.

No próximo ano, porém, mesmo que a receita cresça bem menos que este ano, em função do câmbio, Rochel acredita que as exportações poderão ser usadas para que a indústria de celulares compense um crescimento mais modesto na demanda interna.

Na semana passada, o presidente da TIM, Mario Cesar Pereira de Araújo, por exemplo, citou a expectativa de que a base de novos usuários de celular no país cresça apenas 7% em 2006 _ ante os 33% deste ano. Outras operadoras falam em algo como 13% a 14% de crescimento. Por isso, esse mercado vai ser movimentado principalmente pela reposição e troca de modelos, e não por aumento da base de usuários.

A indústria eletrônica como um todo, no entanto, sofrerá "reflexos mais evidentes da desvalorização do câmbio", acredita o economista da Abinee.
Fonte: DCI

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