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Quinta-Feira, 21 de Novembro de 2024 |
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Notícia
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15/05 - Desequilíbrio reduz ganho das siderúrgicas no País |
A siderurgia brasileira iniciou o ano com resultados bem inferiores aos apresentados no mesmo período do ano passado. As principais representantes do setor como a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, instalada na cidade mineira de João Monlevade, a Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), instalada no município de Serra, no Espírito Santo, e a Vega do Sul, de Santa Catarina, controladas pela Arcelor Brasil, além da Cosipa, instalada em Cubatão, na Baixada Santista, e da Usiminas, em Ipatinga, no Vale do Aço Mineiro, ambas controladas pelo Sistema Usiminas, responsabilizam o desequilíbrio entre oferta e demanda nos estoques e nos preços observados no mercado, além da sobrevalorização do real diante do dólar.
Porém, apesar do início ruim, reflexo das condições do mercado, principalmente no segundo semestre do ano passado, as siderúrgicas acreditam numa forte recuperação já no início do segundo trimestre deste ano. Na visão das empresas, depois da retração observada durante todo o ano de 2005, o mercado interno vai voltar a reagir, puxando os preços e elevando a rentabilidade das empresas, já que as margens são maiores no ambiente doméstico. A expectativa é de preços e vendas melhores, transferência maior da produção para o mercado interno e conseqüente melhoria do mix.
A Arcelor Brasil acredita que elevará a sua produção global de aços longos em 8% e de 2,5% de planos, mesmo com o lucro líquido de R$ 321 milhões atingido no primeiro trimestre, quase 80% menor do obtido no mesmo período do ano passado. “Mesmo parecendo contraditório, esse resultado nos coloca numa posição muito confortável. Afinal, a tendência é de nítida melhora, se levarmos em conta as projeções de evolução dos preços”, explica Leonardo Horta, diretor de relações com investidores da Arcelor Brasil.
Segundo Horta, a Arcelor Brasil vai aproveitar-se de seu poder de competição, que reúne as vantagens de suas controladas, para crescer em um cenário mais positivo, diferente do ano passado, marcado negativamente pelos baixos níveis dos preços e pela forte valorização o real. “Não temos dúvidas de que os próximos trimestres serão melhores. A média da performance do nosso negócio neste ano, reunindo produção e vendas, será melhor do que no ano passado, quando tivemos de frear a produção, diante do desequilíbrio do mercado”, analisa o diretor de relações com investidores da Arcelor Brasil.
Da mesma forma da Arcelor, o Sistema Usiminas, depois de ter alcançado índices históricos no seu faturamento nos últimos dois anos, encerrou o primeiro trimestre deste ano com receita líquida de R$ 3 bilhões, ou seja, praticamente o mesmo patamar atingido no último trimestre de 2005. No total geral das vendas nos primeiros três meses do ano, foram comercializadas 1,9 milhão de toneladas, 62% destinado ao mercado interno e 38% à exportação. Este volume apresentou-se 11% acima da tonelagem vendida no primeiro trimestre de 2005 e decorreu, exclusivamente, das vendas destinadas à exportação, que cresceram 95%. “Chegamos ao início de 2006 com os mercados ainda buscando o seu ponto de equilíbrio”, diz Rinaldo Campos Soares, presidente do Sistema Usiminas.
Apesar disso, a Usiminas trabalha em um novo ciclo de investimentos, visando crescimento no mercado interno e internacionalização. O principal investimento deve ficar por conta da construção de uma nova usina, que consumirá recursos da ordem de US$ 3 bilhões. A empresa, que procura parceiros, entrará com metade do investimento. “Seguimos firmes na consecução do plano de investimentos, que consolidará ainda mais nossa posição de liderança no mercado doméstico. Continuaremos também atentos às oportunidades que se apresentam”, conclui Soares.
A Arcelor SA disse que, mundialmente, suas vendas estão aumentando e que a empresa pretende recomprar até 7,5 bilhões de euros (US$ 9,69 bilhões) em ações, reforçando sua defesa contra a oferta hostil apresentada pela Mittal Steel Co.
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Gerdau apresenta soluções para a indústria na Pecuária 2006
O Grupo Gerdau estará presente na 61ª Exposição Agropecuária de Goiás e na 21ª Exposição Agropecuária Internacional de Animais – Pecuária 2006 – com sua linha completa de produtos para a indústria de máquinas e implementos agrícolas. O evento ocorre de 12 a 28 de maio, no Parque Ludovico Teixeira (Parque de Exposições Agropecuária), que fica na Rua 250, sem número, Bairro Nova Vila, em Goiânia.
O próprio estande de 207 metros quadrados do Grupo Gerdau na feira é uma solução para a indústria. O Galpão Fácil Gerdau é um sistema de construção rápida e de custo competitivo que oferece versatilidade em instalações comerciais, industriais, de lazer e nas propriedades rurais. Composto por uma estrutura padronizada e pré-fabricada em aço laminado, possui alta resistência mecânica e à corrosão atmosférica. O sistema é modular e previamente pintado, sem necessidade de operações de corte, solda ou pintura no local da obra. Uma das vantagens do produto é a agilidade, já que a montagem de um galpão de mil metros quadrados pode ser realizada em apenas dez dias.
Outro destaque na Pecuária 2006 é o Perfil Estrutural Leve Gerdau, utilizado em máquinas e implementos agrícolas. O produto, que integra a mais completa linha de barra e perfis do País, tem maior resistência mecânica, se comparado a outros perfis oferecidos no mercado. Suas abas paralelas asseguram uma boa inércia e facilitam o encaixe e a montagem. É o perfil ideal para aplicações em estruturas de cobertura, máquinas e implementos agrícolas, serralherias e pequenas obras.
Mittal ganha aval nos EUA para sua oferta à Arcelor
A Mittal Steel, que apresentou oferta hostil para comprar a Arcelor por 20,7 bilhões de euros, anunciou sexta-feira que recebeu aval dos órgãos antitruste dos Estados Unidos para a transação. A notícia foi divulgado depois que as duas siderúrgicas rivais anunciaram seus resultados, acima das expectativas, no primeiro trimestre. Os lucros recuaram, afetados por aumentos de custos e queda no preço do aço, mas ainda assim os números superaram as previsões do mercado.
A Mittal informou que o Departamento de Justiça dos EUA não fez nenhum pedido de mais informações sobre a possível transação com a Arcelor. O órgão investigava se a fusão traria uma sobreposição de operações das duas empresas na América do Norte, mas Mittal destacou que qualquer problema poderia resolvido com a venda da canadense Dofasco, adquirida pela Arcelor, para a ThyssenKrupp
"Nossa oferta pela Arcelor deverá entrar em ação em breve e estamos resolutos em nossa determinação para conseguir uma conclusão bem-sucedida", afirmou o executivo-chefe da Mittal, Lakshmi Mittal. A empresa anunciou lucro líquido de US$ 743 milhões no primeiro trimestre, abaixo dos US$ 1,15 bilhão do mesmo período de 2005. As vendas subiram de US$ 6,42 bilhões para US$ 8,43 bilhões.
Também na sexta-feira, a Arcelor anunciou planos para recomprar até 150 milhões de ações a um preço máximo de 50 euros por papel, acima da cotação do mercado. Em abril, dentro de seus esforços para combater a oferta da Mittal, a Arcelor havia assegurado que destinaria 5 bilhões de euros a seus acionistas, caso a oferta de compra seja recusada. O plano de recompra de ações independe da oferta da Mittal.
A empresa convocou reunião de acionistas para aprovação dos planos em 19 de maio.
Por seu lado, a empresa divulgou lucro líquido de 761 milhões de euros no primeiro trimestre, abaixo dos 949 milhões de euros verificados em perído equivalente do ano passado. O lucro antes de juros, impostos, dívidas e amortização foi de 1,4 bilhão de euros, em comparação ao 1,7 bilhão de euros de igual trimestre de 2005. A receita avançou de 8,16 bilhões de euros para 9,57 bilhões de euros.
"O sólido desempenho, levando em conta que é comparado ao trimestre excepcional do ano passado, mostra a capacidade da Arcelor de atuar bem em um contexto de aumentos maciços no custo da matéria-prima e de queda nos preços à vista", disse o executivo-chefe da Arcelor, Guy Dollé.
A empresa divulgou comunicado otimista sobre suas operações para o restante do ano, ressaltando que a demanda por aço é forte e está em alta. "A Arcelor espera um ótimo desempenho e resultados muito bons."
No Brasil, a subsidiária Arcelor Brasil ao reportar seu resultado disse contar com a recuperação da demanda interna para ter resultados mais significativos nos próximos trimestres e conseguir alinhar o desempenho das vendas neste ano ao obtido em 2005. O lucro líquido teve da empresa teve queda de 78,9% no primeiro trimestre, de R$ 1,523 bilhão em igual período em 2005 para R$ 320,517 milhões.
"O importante é a perspectiva e os resultados mostram uma tendência nítida de melhora", diz Leonardo Horta, vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores. Segundo ele, a base comparativa do trimestre era muito alta, pois houve lançamento de R$ 582 milhões em tributos no lucro líquido referente a reconhecimento de ativos da Belgo-Mineira.
Outro fator que afetou o resultado da empresa foi a desvalorização do dólar no período, o que, aliado à oscilação dos preços, afetou a receita de exportações - que nos aços longos caíram 20%. A receita líquida total da companhia baixou 8%, para R$ 3,287 bilhões.
Dólar e queda dos preços reduzem lucro da Arcelor
O grupo Arcelor Brasil, que lidera a produção latino-americana de aço bruto, anunciou na sexta feira os resultados do primeiro trimestre de 2006, nos quais se destaca a forte queda do lucro líquido para R$ 321 milhões, que representa uma redução de 79% em relação ao apresentado no mesmo período do ano passado. A receita líquida de vendas foi de R$3,3 bilhões, também inferior à de janeiro e março de 2005, mas em 8%.
Essa diminuição, segundo o diretor de relações com os investidores, Leonardo Horta, decorre da redução de preços, principalmente dos aços planos no mercado internacional e pela valorização do real frente ao dólar. "Mas as perspectivas para o ano são favoráveis. Há sinais evidentes do aumento de demanda e de preços, tanto no país quanto no exterior. Chagaremos em dezembro com números tão bons quanto os do ano passado", declarou.
Segundo o dirigente, no primeiro trimestre de 2006 as vendas da Arcelor Brasil cresceram 19% em relação ao primeiro trimestre de 2005 e alcançaram 2,5 milhões de toneladas de aços planos e longos. Em relação ao último trimestre de 2005, o crescimento foi de 15%. A redução no lucro foi atribuída a uma menor geração de caixa e aumento de despesas com imposto de renda entre outros fatores.
Leonardo Horta negou que a angústia vivida atualmente pelos dirigentes brasileiros da Arcelor, em conseqüência da proposta da Mittal, tenha interferido no desempenho da filial brasileira. "Estamos trabalhando muito mais, dia e noite, em todas as áreas da empresa para evitar a realização do negócio."
O dirigente declarou que logo após o desfecho desse caso, a Arcelor voltará ao mercado para realizar novas aquisições de siderúrgicas no Brasil ou na América Latina e a sua meta é a aquisição de usinas que, somadas ou isoladamente, produzam um total de 2 milhões de toneladas de aço. Disse, ainda, que o grupo investiu o equivalente a US$ 300 milhões no trimestre em suas instalações com destaque para a CST, que passará a produzir 7,5 milhões de toneladas, um incremento de 50%.
Horta também revelou que a empresa está preocupada com o aumento dos principais insumos usados na fabricação do aço, minério de ferro e carvão. A Arcelor pretende aumentar o fornecimento próprio do carvão vegetal e substituir o carvão mineral por esse produto em um dos fornos da siderúrgica Acesita. Os dois novos altos-fornos em construção da siderúrgica de Juiz de Fora, que irão produzir um total de 360 mil toneladas de aço, também utilizarão o carvão vegetal.
Porto Alegre sediará evento internacional de Aciaria
Com a participação de especialistas estrangeiros, a ABM - Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais realiza em Porto Alegre (RS), o XXXVII Seminário de Aciaria Internacional (XXXVII Steelmaking Seminar International). A programação do evento, que acontece de 21 a 24 de maio, contará com a apresentação de 76 trabalhos técnicos, além de palestras e mesas-redondas sobre temas conjunturais ligados ao setor siderúrgico.
“Ano a ano este seminário vem crescendo e se tornando mais internacionalizado”, diz o coordenador do evento e gerente comercial da RHI Mercosul, Venâncio Carlos de Oliveira Neto. Aberto a empresas e profissionais do mundo todo, o seminário tem foco especial no continente Latinoamericano. “Tanto é assim, que este ano acrescentamos o espanhol na tradução simultânea”, ressalta ele. Sua expectativa é que o número de inscritos supere o da edição anterior, quando participaram 320 profissionais.
Na cerimônia de abertura do evento, domingo, dia 21, o ex-ministro da economia Maílson da Nóbrega dará um panorama sobre ‘As Perspectivas da Economia Brasileira’.
Na parte da amanhã, estão programados dois cursos: “Aplicações da termodinâmica computacional aplicada a aciaria” e “The continuous casting mold and steel quality” ministrados, respectivamente, pelos Profs. Drs. André Luiz Vasconcellos da Costa e Silva e Brian G. Thomas, no Instituto de Matemática da UFRGS.
No dia 22, os trabalhos iniciam às 8 horas, com palestra do diretor industrial da CST Arcelor Brasil, Jackson Chiabi Duarte, que discorrerá sobre ‘Siderurgia e mudança climática’. Os 76 trabalhos técnicos ligados a Aciaria Elétrica, Aciaria LD, Solidificação / Lingotamento, e Refino Secundário serão apresentados nos três dias em três salas, simultaneamente.
Outro destaque da programação será a mesa-redonda sobre ‘A siderurgia brasileira e latino-americana no contexto mundial’, com palestras de Germano Mendes de Paula (UFU) sobre A Internacionalização de Companhias Siderúrgicas Latino-americanas; Marco Polo de Melo Lopes (IBS) sobre a Situação Atual e Perspectivas da Siderurgia Brasileira, e Wilson Martins Assis (Usiminas) sobre Movimento Estratégicos da Siderurgia Mundial.
No dia 25 está programada visita técnica à usina da Gerdau Aços Especiais.
O evento, supervisionado pela Divisão Técnica de Fusão, Refino e Solidificação de Metais da ABM recebe, até o dia 16 de maio, as inscrições pela internet com desconto de 10%. Após a data, somente no local do seminário: Centro de Eventos Plaza São Rafael, Porto Alegre (RS).
ThyssenKrupp vai fabricar mais aço no Rio
A maior siderúrgica da Alemanha, a ThyssenKrupp, aprovou na última sexta-feira planos de investir US$ 2,4 bilhões na construção de uma unidade de produção de placas de aço no Estado do Rio de Janeiro, prevista para entrar em operação no início de 2009.
"Com a permanência do forte crescimento da demanda mundial por aço e com as próprias necessidades da estratégia de crescimento da empresa aumentando, a capacidade da siderúrgica brasileira foi elevada do nível original de 4,4 milhões de toneladas para 5 milhões de to-neladas", informou a companhia, em comunicado.
A siderúrgica alemã também anunciou que está desenvolvendo um estudo de viabilidade para a construção de uma usina na América do Norte, que pode corresponder a investimento de € 1,8 bilhão (US$ 2,3 bilhões). A unidade terá capacidade para 4,5 milhões de toneladas de aço plano semi-acabado por ano, segundo o comunicado da ThyssenKrupp. |
Fonte: DCI |
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