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Quinta-Feira, 21 de Novembro de 2024 |
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Notícia
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04/04 - Produção industrial se recupera com alta de 1,2% |
A produção industrial brasileira registrou alta de 1,2% em fevereiro na comparação com janeiro, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação a fevereiro do ano passado, o crescimento foi de 5,4%.
Em janeiro, a indústria brasileira havia recuado 1,3% em relação ao mês anterior, o que colocou dúvidas sobre o fôlego da recuperação do setor.
Com o resultado positivo, a taxa acumulada em 12 passou para 3% até fevereiro, interrompendo a trajetória de queda observada desde março de 2005.
Segundo o IBGE, a ampliação do crédito, o aumento da massa salarial e a queda nos índices de inflação favorecem o desempenho positivo nos dois primeiros meses de 2006. A média móvel trimestral acumula crescimento de 2,8% entre novembro e fevereiro últimos.
Setores
Entre as categorias de uso, houve alta nos bens de consumo duráveis (móveis, eletrodomésticos e veículos) de 6,0%. A produção de bens de capital (máquinas e equipamentos) teve alta de 1,5%, e a de bens de consumo semiduráveis e não-duráveis (roupas e alimentos) avançou 1,7%. Por outro lado, os bens intermediários (insumos industriais) tiveram uma produção 0,6% menor.
Por atividade, a alta de 1,2% entre janeiro e fevereiro atingiu 15 dos 23 ramos pesquisados pelo IBGE. As altas mais significativas foram nos setores de farmacêutica (26,2%), veículos automotores (4,8%) e máquinas e equipamentos (2,6%). Por outro lado, houve queda na metalurgia básica (- 4,8%) e outros produtos químicos (-1,5%).
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Pesquisa realizada pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) com 577 empresas do Estado mostra que as indústrias não estão muito confiantes com relação às perspectivas de negócios. Para 51% dos entrevistados, o volume de produção no mês de março deve registrar queda ou queda acentuada em relação ao mesmo mês do ano passado, contra 26% que acreditam que o volume deva crescer.
As vendas do mercado interno também podem ter um resultado abaixo do esperado. Para o mês de março, 53% das indústrias apontam queda ou queda acentuada, contra 43% do mês anterior.
Para o presidente do Ciesp, Claudio Vaz, esse é um reflexo da crise enfrentada pelo setor exportador, principalmente entre as empresas de menor porte. "Apesar dos bons resultados das exportações brasileiras, é importante lembrar que 98% das indústrias que participaram da pesquisa são micro ou pequenas empresas. E esse é o segmento que mais sofre com a valorização do real", disse.
As expectativas de exportação entre as micro e pequenas empresas também devem diminuir. Para 65% dos empresários, as vendas externas devem sofrer queda ou queda acentuada em março. Em fevereiro, esse percentual era de 49%.
Com a pesquisa, Vaz avalia que o crescimento para este ano do PIB (Produto Interno Bruto) não deve ultrapassar os 3,5%. "Março é o mês que define o ritmo da economia no primeiro semestre, e as expectativas atuais não são animadoras. Já existem sinais de que a agricultura pode não atingir os resultados esperados, o que traria prejuízos para diversos setores industriais", afirmou. |
Fonte: DGABC / Folha Online |
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