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Quinta-Feira, 21 de Novembro de 2024 |
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Notícia
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17/02 - Usinas paradas e feriados reduzem produção de aço |
A produção brasileira de aço bruto e de laminados caiu no primeiro bimestre do ano quando comparado a igual período de 2005 por conta do menor número de dias trabalhados em fevereiro e de paralisações temporárias em algumas usinas, segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) nesta quinta-feira.
A produção de aço bruto caiu 9,1% no bimestre ante 2005, para 4,7 milhões de toneladas, enquanto a fabricação de laminados, que foi de 3,66 milhões de toneladas no primeiro bimestre de 2005, teve um decréscimo de 2,4% no mesmo período, para 3,57 milhões de toneladas, segundo a entidade.
Só em fevereiro, a queda na produção de aço bruto foi de 17,7% sobre o mesmo mês de 2005, enquanto a fabricação de laminados foi 11,9% menor.
Já as vendas externas faturadas no primeiro bimestre pelas usinas tiveram um aumento de 38,7% nos dois primeiros meses do ano comparados a 2005, o que reflete, segundo o IBS, as condições favoráveis no mercado externo.
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Verticalização pode ser resposta da siderurgia ao reajuste do ferro
A consolidação de um novo reajuste no minério de ferro e a redução da oferta internacional do insumo pode levar a cadeia siderúrgica mundial a verticalizar sua produção. É o que avalia José Armando de Figueiredo Campos, presidente da Arcelor Brasil . O executivo afirma que a empresa não está disposta a pagar mais pelo minério e diz que o reajuste ainda não é certo.
“A siderurgia mundial está no passo de aguardar a decisão dos chineses. Uma maior disciplina imposta pelo governo local significa menor demanda do minério”. O ajuste e a regularização das importações do país asiático pode beneficiar a Arcelor, diz Campos. No Brasil, segundo ele, a Arcelor conta com certa proteção por possuir a mina do Andrade.
A posição foi reforçada pelo diretor de relações com investidores da empresa, Leonardo Horta. “Apesar de haver três mineradoras concentrando a oferta mundial de minério, elas não possuem exclusividade nas reservas. Se eles não continuarem investimento podem perder mercado para terceiros e impulsionar uma verticalização das siderúrgicas”, explica.
Campos também reafirmou os investimentos da Arcelor na América Latina. Segundo ele, há previsão de aportes de US$ 2 bilhão entre 2006 e 2008. “Isso apenas no crescimento orgânico da empresa”, afirma. O executivo não entrou em detalhes, mas disse que há espaço para uma maior consolidação do setor de aços não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina. Campos ainda reiterou que, assim como as condições conjunturais, a oferta da Mittal Steel não altera o cronograma de investimentos da Arcelor Brasil.
Custos menores
Segundo Horta, a Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), terminou o ano passado com um dos menores custos mundiais para a produção de placas de aço e em 2007 deverá reduzir em mais 10% esse valor. “Apenas com o ganho de escala da expansão que concluiremos este ano, de 5 milhões para 7,5 milhões de toneladas por ano, conseguiremos reduzir grande parte dos custos fixos”.
Além de diminuir seus custos, as cotações internacionais das placas, que passaram por um ano difícil em 2005, já mostram boa recuperação, e já registram alta de 10% a 15% em relação aos preços do último trimestre do ano passado, de acordo com Campos.
A compra da canadense Dofasco pela Arcelor também pode garantir a expansão de mercado para a nova capacidade da CST, que poderá sofrer ainda mais uma elevação até 2010, desta vez para 10 milhões de toneladas ao ano. Campos diz que, atualmente, a Dofasco compra 400 mil toneladas anuais de aço da CST, o equivalente a 60% do volume que consome. Com a aquisição da siderúrgica canadense pelo grupo, Campos não descarta a venda de volumes ainda maiores para a Dofasco. |
Fonte: Valor Online / DCI |
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