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Quinta-Feira, 21 de Novembro de 2024 |
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Notícia
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24/02 - Decisão judicial paralisa os Metalúrgicos da Baixada |
A decisão da juíza Sílvia T. Almeida Prado, que na última terça-feita destituiu toda a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista, criou uma situação caótica na entidade e vem motivando manifestações de protesto por parte de associados e integrantes de outras categorias profissionais.
A questão está centrada na paralisação das atividades do sindicato, que estava em plena campanha salarial. Com a decisão da juíza, o comando das decisões está nas mãos de apenas uma pessoa, Edézio de Barros, que ocupava o cargo de secretário-geral na administração anterior e que foi designado para dirigir a entidade.
Na decisão judicial não há nenhuma menção atribuindo poderes aos integrantes da diretoria passada e nem da atual. Com isso, o funcionamento da estrutura sindical ficou prejudicada, afetando toda a categoria.
O presidente destituído do sindicato, Alvemi Cardoso Alves, está preocupado com as consequências da ordem judicial, começando pelo fato de Edézio, pela condição que lhe foi imposta, estar impedido de assinar cheques em nome do sindicato, o que seria uma prerrogativa do tesoureiro e do presidente.
"A juíza criou um fato gravíssimo, pois não há como os trabalhadores continuarem recebendo os valores referentes ao adicional de insalubridade que vinha sendo repassado pela Cosipa. Além disso, como a data-base dos trabalhadores da Cosipa é 1º de maio, já estávamos preparando a pauta de negociações com a empresa. Agora, todo esse processo será retardado".
Alvemi manifesta apreensão, também, com os acordos já firmados com empresas metalúrgicas da região, pois a juíza anulou todos os atos da atual diretoria.
O líder sindical não esconde a revolta com a atitude de alguns integrantes da diretoria anterior, hoje seus opositores que, segundo ele, criaram toda essa situação, com uma enxurrada de ações impetradas na Justiça. "O mais interessante é que eles disputaram o pleito com base em uma liminar que obtiveram na Justiça poucos dias antes da votação. Os argumentos que eles usaram naquela ocasião para realizar a eleição não valem nada agora".
Recurso
O recurso apresentado por Alvemi ao TRT não foi apreciado ontem, porque o juiz-relator entendeu que o documento só pode ser analisado pela juíza Maria Aparecida Duenhas, a mesma que, em setembro do ano passado, concedeu a liminar aos seus opositores para realizar a eleição. Acontece que a juíza está licenciada do órgão, por motivo de saúde.
Ato público
Um ato público em solidariedade aos diretores destituídos foi realizado ontem à noite em frente à sede do sindicato. Os oradores foram unânimes em criticar a "intromissão do Estado nas entidades sindicais", pedindo a revogação da medida.
Participaram da manifestação integrantes de várias categorias de trabalhadores da Baixada Santista, da Capital e do Interior. |
Fonte: A Tribuna Digital |
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