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Sabado, 20 de Abril de 2024
Notícia : 28/11 - Preço do aço cai na Ásia
As siderúrgicas chinesas, taiwanesas e coreanas reduzirão os preços do aço a partir do primeiro trimestre de 2006, principalmente nas bobinas a quente e a frio. Analistas afirmam que o ajuste foi feito para alinhar os preços dos contratos de longo prazo aos preços praticados no mercado spot e de curto prazo.

De acordo com Elaine Martins de La Rocque, do BES Securities, a decisão, em um primeiro momento, não afetará significativamente as siderúrgicas brasileiras, que fazem vendas spot para a região, com preços que já se encontram abaixo dos praticados em contratos da Posco , Baosteel e China Steel .

Entretanto, Elaine ressalta que “as cotações estão mais pressionadas no mercado asiático”, afirma. No caso de oscilações negativas de preços, a analista diz que a empresa mais afetada seria a Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), embora hoje em dia a empresa seja menos suscetível às oscilações internacionais, uma vez que o Brasil é seu maior mercado de bobinas a quente.

O BES Securities mantém a previsão de recuperação nas cotações do aço, uma vez que, ao contrário dos asiáticos, as usinas da Europa já anunciaram alguns aumentos de preços para o início do próximo ano.

Vale observar que, segundo dados do Metal Bulletin e do Espírito Santo Research, os preços médio das bobinas na Europa abriram o mês de novembro abaixo do patamar asiático. As bobinas a quente (BQs) atingiam preço médio de US$ 385 na Europa e de US$ 455 na China, enquanto as bobinas a frio (BFs) iniciaram o mês com preço médio de US$ 515 no mercado europeu e US$ 610 na China. Em outubro do ano passado, as BQs eram vendidas a um preço médio de US$ 593 na Europa e as BFs a cerca de US$ 690. Na China, que passava nessa época pelo mais forte período de demanda, houve pico em janeiro, quando os preços das BQs e BFs atingiram respectivamente, US$ 695 e US$ 750. A China Steel, de Taiwan, deve reduzir os preços dos laminados a quente em cerca de US$ 70 por tonelada e dos laminados a frio em cerca de US$ 55, levando as cotações a valores próximos dos atualmente praticados no mercado europeu. A China Steel possui capacidade anual para 11 milhões de toneladas de aço. Além dela, a chinesa Baosteel e a coreana Posco anunciaram reduções de preços no mesmo patamar na última semana.

Elaine prevê que as usinas deverão recuperar-se de parte da queda de preços verificada ao longo deste ano. “Em linhas gerais, há aceleração do mercado norte-americano, principalmente, e alguma recuperação no mercado europeu”, comenta.

A Usiminas afirma que não se manifesta sobre os preços praticados, mas argumenta que, por direcionar cerca de 80% da produção de laminados para o mercado interno, não sofre grande impacto das variações de cotações asiáticas.

A CST prevê leve recuperação nos preços a partir deste trimestre, seguindo o ritmo em 2006. O maior problema da usina está no mercado de placas, no qual produtos vindos de países como a Rússia, a China e a Ucrânia farão com que a oferta continue a superar a demanda nos próximos meses. Entretanto a usina ressalta que, embora a China ainda opere como importante regulador de preços no mercado mundial, segue sem ser um grande exportador líquido de aço, uma vez que o próprio governo chinês estabeleceu taxas restritivas às exportações.

Consolidação

Enquanto os chineses reduzem preços e volume de produção para ajustar a oferta à demanda doméstica por produtos siderúrgicos, o grupo Mittal anunciou recentemente a construção de uma nova usina na Índia, com capacidade anual para 12 milhões de toneladas de aço, com investimento total de US$ 10 bilhões. Além disso, o grupo indiano concluiu a aquisição da siderúrgica ucraniana Kryvorizstal , por cerca de US$ 4,84 bilhões. Com a compra, a Mittal adiciona ao grupo uma produção de cerca de 7,7 milhões de toneladas anuais de aço.

Já a Arcelor , principal rival da Mittal na disputa pela liderança mundial no setor de aço, fez uma oferta de US$ 3,7 bilhões aos acionistas da canadense Dofasco , fornecedora de aço para a indústria automotiva norte-americana. Se completada, a transação seria a maior feita pelo grupo, desde sua criação em 2002.

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Chineses disputam reposição de peças

O cliente costuma seguir o conselho do mecânico de confiança. Se ele garantir que a bomba de combustível da China não vai causar problemas, não restará dúvidas entre optar pelo produto importado, que custa R$ 80, e o nacional, vendido a R$ 130, fora o custo da mão-de-obra.

Para preservar a confiança da clientela, o jovem Daniel, membro da família que comanda o centro automotivo Taniguti, em São Paulo, redobrou a atenção na verificação da qualidade dos produtos chineses, que ele chama de "praga". No caso da bomba de combustível, diz que está valendo a pena. Já as lâmpadas "podem danificar o sistema". "Não vale a pena pagar R$ 0,30 no lugar de uma nacional que custa R$ 1,10."

Para o presidente da Bosch, uma das principais fabricantes das bombas de combustível que estão sofrendo a concorrência externa, Edgar Garbade, esta é uma competição "desleal". "Os produtos são, muitas vezes, subfaturados", afirma.

Até agora, a ação dos chineses incomoda apenas o mercado de reposição e envolve mais os componentes de menor valor e acessórios. Mas a briga pode chegar às montadoras. Segundo o presidente da General Motors do Brasil, Ray Young, a companhia já estuda a compra de peças produzidas na China. "Esse plano já abrange as fábricas da GM localizadas no Brasil", afirma o executivo.

Um par de limpadores de pára-brisas do Gol custa R$ 27 em média nas lojas especializadas. O que vem da China é vendido pela metade do preço e por um quarto desse valor pelos ambulantes que atuam nos semáforos das grandes avenidas da capital. O diretor da Dyna, um dos maiores fabricantes desse produto no Brasil, Celso Liberal, diz que o produto importado perde na qualidade da borracha e na espessura do aço, bem menor que o do nacional. "Mas o cliente nem percebe isso", afirma.

O presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes Automotivos (Sindipeças), Paulo Butori, estima que a indústria nacional já perdeu para importadores de peças de reposição - não apenas da China, como também de outros países asiáticos -, algo em torno de US$ 1 bilhão por ano. O valor refere-se ao que representa a queda de participação da indústria local no segmento reposição.

Neste ano, a indústria de autopeças vai bater recorde de receita, com previsão de US$ 22,5 bilhões, graças à exportação e aumento das encomendas das montadoras. Mas a fatia do mercado de reposição vem caindo a cada ano. Estava em 17% em 2001, foi para 14% em 2004 e neste ano fiará em 13%.

Dados do Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, indicam que as importações de autopeças da China cresceram 62,89% de janeiro a setembro em comparação com os nove meses de 2004. Os volumes ainda são pequenos - somam apenas 1,90% das importações totais de autopeças, com valor próximo de R$ 100 milhões.

Os maiores volumes de peças estrangeiras ainda vêm dos Estados Unidos, Japão e Europa, que enviam peças de maior valor agregado, como motores, para as montadoras que ainda dependem dos componentes de outros países. Mas o que preocupa o setor é a velocidade das importações de itens da Ásia.

Movimento semelhante começou a chamar a atenção da indústria de pneus, que percebeu estagnação do mercado de reposição, segundo a Anip, a associação do setor. Os pneus chineses estão chegando a preços 20% a 40% inferiores. O diretor comercial da Michelin, Nour Bouhassoun, estima que os produtos chineses e coreanos já detêm entre 6% e 10% de um mercado anual de 24 milhões de pneus destinados à reposição.

O superintendente da Continental, Renato Sarzano, conta que a participação da empresa alemã no mercado de reposição do Equador caiu de 45% para 33% depois que aquele país facilitou a entrada do produto chinês, há três anos. "Foi um estrago", diz.

A linha de acessórios é a mais atingida na competição com asiáticos. As marcas chinesas já são donas de 40% das vendas de auto-falantes, diz Geraldo Borba de Araujo, presidente da Bravox, empresa que já foi líder do mercado.

A alíquota do Imposto de Importação, de 20% , é insuficiente, para compensar o preço do auto-falante chinês, que chega a ser menor do que o custo da matéria-prima no Brasil, segundo o executivo, que integra um movimento em defesa da criação de salvaguardas contra a entrada desses produtos.

No caso do setor de auto-falantes, a invasão asiática começou há cinco anos. Antes disso, quatro marcas eram donas de 80% do mercado brasileiro. Uma delas fechou. A Bravox ainda obtém no setor automotivo metade da receita anual de US$ 400 milhões. No entanto, o aumento da concorrência levou a empresa a buscar outros mercados, como o de "home theater", incluindo exportações.

"As marcas chinesas estão fortes na linha de acessórios", conta André Gandra, da Mercadocar, varejista dona de três lojas de peças em São Paulo. Segundo ele, o produto chinês, que é importado por meio de tradings, chega, nesse caso, a custar 50% menos que os de primeira linha nacionais.

BHP quer sobretaxa para competir com o Brasil

A australiana BHP Billiton, maior mineradora do mundo, tentará novamente no ano que vem fazer com que as siderúrgicas asiáticas paguem uma sobretaxa pelo transporte marítimo de seu minério de ferro para poder competir com o produto exportado do Brasil. Preços semelhantes para o minério de ferro dos dois países dariam às brasileiras uma vantagem, uma vez que o tempo de navegação para a Austrália é superior ao tempo de navegação para o Brasil, disse Charles Goodyear, principal executivo da BHP Billiton.

Este ano, as siderúrgicas rejeitaram a tentativa da BHP de reajustar em até 115% seus preços. A BHP teve de aceitar o aumento de 71,5% determinado pelas siderúrgicas - o mesmo percentual instituído para a brasileira Companhia Vale do Rio Doce (CRVD), maior exportadora mundial de minério de ferro.

"Se você reconhece o fato de que o tempo de navegação para o Brasil é o dobro do tempo de navegação para a Austrália e não paga essa diferença, você terá um impacto estratégico no negócio", afirmou Goodyear. Em dezembro, as fornecedoras de minério de ferro e as siderúrgicas japonesas iniciarão negociações formais para definir os preços referenciais mundiais da matéria-prima.
Fonte: DCI / Valor / GM

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